Em recensão à obra "O príncipe" do filósofo Nicolau Maquiavel, é postulado a convicção de que os governantes devem proceder de modo a garantir o bem o universal. Sem embargo, ao se analisar a conjuntura brasileira, constata-se uma realidade dissemelhante da premissa supracitada, isso se deve pois o governo é desmazelado quanto o tema de garantia de acesso à cidadania. A vista disso, é imprescindível intervir nessa questão, pois a dificuldade ainda existe seja pela mitigação da importância de ser integrado na sociedade ou pela falta de reconhecimento próprio como cidadão.
Sob essa perspectiva, convém salientar que a invisibilidade de integração social, está entre as principais causas da deficiência de registro civil. Com isso em mente, durante o período da Grécia antiga, apenas pessoas que eram nascidas em Atenas poderiam ser registradas como cidadão ateniense, o que privava a minoria de ter os seus direitos de cidadania. De maneira análoga, isso pode ser visto nos dias atuais, em vista de que muitos brasileiros desconhecem a importância de se registrar.
Outrossim, o reconhecimento próprio como um participante da cidadania brasileira, também é um dos fatores que agrava o impasse do direito de pertencer a sociedade. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo Polonês, a falta de solidez nas relações sociais é característica da "modernidade liquida" vivida hodiernamente. Em referência a isso, essa falta de relação social acarreta o pensamento de que uma pessoa sem registro é uma pessoa sem importância.
Com intuito de amenizar essa problemática, os poderes, à exemplo do legislativo, deve sancionar leis que aumente a visibilidade desse tema, por meio de direitos e punições aos que descumprirem, a fim de acabar com essa dificuldade. Em parceria com as mídias, à exemplo da TV, discorrendo sobre a mitigação do registro social, por meio de palestras que debatam acerca disso. Sendo assim, garantir-se-á que a convicção de Maquiavel seja postulada.