A constituição federal, de 1988, prevê a todo cidadão o direito a emprego digno. No Brasil, entretanto, a falta de mobilização estatal permite o agravamento do número de casos de exploração trabalhista, o que representa uma afronta ao direito a dignidade humana. Nesse sentido, faz-se necessário analisarmos as principais causa relacionadas a esse fenômeno.
Em primeira análise, é importante destacar a falta de fiscalização e ineficácia estatal para coibir a exploração trabalhista. Nesse sentido, é notório a violação do contrato social, descrito pelo filósofo John Lock, visto que o estado não assegura direitos estabelecidos constitucionalmente.
Além disso, o aumento do emprego informal contribui para essa exploração. Segundo o IBGE, entre agosto de 2020 e agosto de 2021, houve um aumento de 4,8 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada no Brasil. Tal fato é alarmante, tendo em vista que esses trabalhadores, em grande parte, enfrentam péssimas condições de trabalho, como longas jornadas de trabalho, por exemplo.
Portanto, é preciso que o estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para o fim da exploração trabalhista, urge que as autoridades governamentais garantam, através de suas prerrogativas legais, que os direitos trabalhistas sejam respeitados pelos empregadores. Somente assim, os trabalhares poderão dispor de condições adequadas de trabalho.