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Por francis
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#2448
desconversa.com.br escreceu:

Na obra “Memórias do Cárcere”, o autor Graciliano Ramos – preso durante o regime do Estado Novo – relata os maus tratos, as péssimas condições de higiene e a falta de humanidade vivenciadas na rotina carcerária. Hoje, ainda que não vivamos mais em um período opressor, o sistema prisional brasileiro continua sendo visto como um símbolo de tortura. Desse modo, rever a situação social a qual o penitenciário está submetido é indispensável para avaliar seus efeitos na contemporaneidade.

Primeiramente, a má infraestrutura na maioria das cadeias faz com que os presos firmem uma luta diária pela sobrevivência. Mesmo que estes vivam em um regime fechado, a superlotação e deterioração das celas e, até, a falta de água potável provam a falta de subsídio à integridade humana, visto que os indivíduos são postos à margem do descaso. Ademais, tal condição supre a visão Determinista do século XIX, que afirma que o homem é fruto de seu meio. Porém, se esse olhar não for combatido, ao final da pena, o indivíduo terá dificuldades para se reintegrar na sociedade e tende a viver do trabalho informal ou, em muitos casos, voltar ao crime.

Outro problema vigente é a negligência às condições higiênicas do público feminino. A jornalista Nana Queiroz, autora do livro “Presos que menstruam”, retratou a realidade de detentas que sofreram com o tratamento idêntico entre os gêneros, sendo excluídos os cuidados íntimos da mulher, vide a falta de absorventes, em algumas prisões, e ausência de acompanhamento ginecológico. Esses aspectos revelam a falta de políticas públicas que prezem pela saúde feminina e esconde, ainda, o tratamento destinado às gestantes, que não possuem um zelo diferenciado na gravidez e tampouco o auxílio médico na maioria dos sistemas carcerários.

Portanto, a maneira que os indivíduos são tratados no cárcere fere os direitos humanos, por isso, mudanças fazem-se urgentes. O governo deve investir na extensão de cadeias para evitar a lotação e, como solução paliativa, usar caminhões pipa para suprir a carência de água potável. Além disso, atividades pedagógicas ou esportivas, intermediadas por ONGs, darão aos detentos a oportunidade de reinserção social. O acesso à saúde pública é um direito universal, logo, são imprescindíveis equipes médicas e a fiscalização desses cuidados, principalmente em relação à saúde da mulher. Assim, garantiríamos que as condições dos detentos não fossem enfrentadas de forma desumana.

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Por francis
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#2449
desconversa.com.br escreceu:

Em 1769, o Brasil ganhou sua primeira prisão, a Casa de Correção do Rio de Janeiro, porém, no século XIX os problemas começaram a surgir, por exemplo, o número de vagas nas celas era muito menor que número de presos. Logo, as adversidades que são encontradas nos presídios brasileiros atualmente são reflexos de heranças do século passado e nada ainda é feito para a melhoria disso. Dessa forma, devem-se abandonar práticas ultrapassadas de desrespeito ao próximo para diminuir o número de detentos e a sua reinserção no crime.

Inúmeros são os problemas vividos diariamente pelos detentos. Desde questões relacionadas à higiene nas celas e superlotações até a proliferação de doenças contribuem para o descaso com os presidiários. Somado a isso, o despreparo dos agentes penitenciários contribui para a revolta dos detentos, que se tornam cada vez mais agressivos devido ao ambiente em que vivem e provocam rebeliões para demonstrar a insatisfação, como mostrado pelos jornais recentemente. Segundo Karl Marx, “o homem é produto do meio” e, para se mudar o homem, deve-se transformar também o meio em que ele está inserido.

Entretanto, há programas que utilizam a humanização como forma de ressocialização do detento. A APAC (Associação de Proteção e Assistência de Condenados) se dedica à recuperação e reintegração social do condenado por meio de incentivo aos estudos, formação profissionalizante e diversos tipos de assistência, desde a religiosa até a médico-hospitalar. Esse método vem apresentando efetiva melhora na conduta do condenado e diminuindo a reinserção dele no sistema prisional. Um dos detentos que participam desse programa é o ex-goleiro do Flamengo, Bruno, que é zelador do presídio em que cumpre pena e participa de várias atividades profissionalizantes.

Fica claro, portanto, que o sistema prisional brasileiro deve abandonar os modelos de correção dos séculos passados. Além de não trazer melhorias para o detento, aumenta o espírito de violência devido às condições enfrentadas. Em vista disso, o Ministério Público deve ampliar a atuação da APAC nas penitenciárias do país com a finalidade de melhorar as condições de vida e humanizar as relações com os detentos, pois, só assim, os presos poderão ser reinseridos na sociedade, evitando diversas tragédias nas prisões brasileiras.

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Por Degolinno
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#78636
@francis, Parabéns pela redação, gostei bastante, e pretendo me inspirar em vc para aprender um pouco.
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