Na obra "Utopia" do escritor Thomas More, é retratado uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, em vez que a evasão escolar apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto do descaso de instituições escolares, quanto do governo na situação dos alunos.
Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.

Precipuamente, é fulcral pontuar que a evasão escolar deriva da baixa atuação dos setores governamentais no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à tal falta de atuação das autoridades, a criança ou adolescente perde o interesse nos estudos, assim causando uma despreparação para o mercado de trabalho.
Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Ademais, é imperativo ressaltar a necessidade de trabalho prematuro como promotor do problema. Partindo desse pressuposto, o aluno se vê na escolha entre sustentar sua família e estudar. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que o trabalho infantil contribui para a perpetuação desse quadro deletério.

Assim, medidas exequíveis são indispensáveis para conter o avanço da problemática na sociedade brasileira. Dessarte, com o intuito de mitigar o absentismo no ambiente escolar, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Ministério da Educação, será revertido em investimentos de novas abordagens pedagógicas que gerem interesse e de oportunidades aos alunos. Portanto, atenuar-se-à, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da ociosidade escolar, e a coletividade alcançará a Utopia de More.