Etarismo é o nome dado para a discriminação baseada na idade de uma pessoa, sendo os idosos - pessoas com mais de sessenta anos - os mais afetados por esse desprezo. Com a expectativa de vida entre os brasileiros crescendo a cada ano, vê-se que o preconceito de idade configura-se como um grave desafio a ser enfrentado pelo corpo social do Brasil. Nessa lógica, é preciso analisar não só a negligência governamental, como também a falta de representatividade dos anciãos.
  Diante de tal conjuntura, convém ressaltar que o problema advém, em muito, da inoperância estatal. Segundo o quinto artigo da Constituição Federal de 1988, todos os brasileiros são iguais perante a lei. Assim, nota-se que a omissão do Estado torna esse direito em um privilégio ao garanti-lo para uma pequena parcela da população, uma vez que o grupo social dos longevos sofre com discriminação e exclusões apenas por serem mais velhos.
  Além disso, é inegável que a ausência de representação nos meios midiáticos é um agravante para a situação. De acordo com a renomada atriz Laura Cardoso, não mais se vê artistas antigos nas grandes produções da televisão. Visto que, as novelas brasileiras representam a sociedade, essa escassez de intérpretes mais longevos opera de forma que o telespectador idoso sente-se excluído e destoado da coletividade.
  Observa-se, portanto, a necessidade de combate ao Etarismo no Brasil. Por isso, é dever das grandes emissoras - como principais influenciadoras e espelhos sociais - produzirem conteúdos destinados aos idosos, por meio de novelas as quais os mesmos serão destaques, para que, desta forma, os anciãos sintam que suas vivências também são importantes para a sociedade. Logo, deste modo, tornar-se-á possível que a população brasileira entre no estado de harmonia.