Durante a pandemia do Covid-19 houve um aumento na busca do conhecimento sobre saúde mental, mas isso não foi sinônimo da quebra total do estigma associado as doenças mentais na sociedade brasileira. Falar sobre transtornos mentais como depressão, autismo, bipolaridade ou esquizofrenia sem preconceito é quase impossível, principalmente levando em conta o atrito entras as populações mais velhas e mais novas, já que cada um tem sua própria visão sobre o assunto.

Na serie New Amsterdam uma paciente com depressão não é atendida por profissionais em saúde mental por causa da mãe que não aceita o diagnostico da filha. Apesar da serie ser estrangeira, não deixa de ser um exemplo do quanto a geração mais velho tem pouco ou nenhum conhecimento do quão grave pode ser a doença. Contudo, mesmo que os jovens sejam mais atentos aos sinais de risco, muitas vezes eles se recusam a falar dos seus problemas por temerem o descaso dos pais, exemplo também visto no mesmo episodio da serie.

Apesar das doenças como ansiedade e depressão serem tratáveis, transtornos mentais de nascença, como o autismo, são os diagnósticos mais temidos para os pais. Crianças com tais doenças muitas vezes são separadas das demais crianças por serem tachadas de instáveis ou perigosas. Tal medo estereotipado é um exemplo da falta de conhecimento sobre a doença, já que existe espectros e graus diferentes para cada caso.

Em suma os principais pilares que mantem o preconceito sobre os transtornos mentais são a falta de conhecimento e comunicação da população brasileira. Se fazendo necessário uma intervenção e colaboração dos Ministérios da Educação e da Saúde com a criação de campanhas e palestras dentro e fora das escolas para expandi o conhecimento e empatia dos jovens e seus responsáveis sobre as doenças mentais.