Segundo o filósofo norte-americano, John Dewey, a educação não é a preparação para a vida, é a própria vida. Entretanto, a educação escolar deixou de ser uma realidade para muitos brasileiros devido a paralisação escolar, ocasionada pela pandemia da COVID-19. No cenário vigente, mostram-se evidentes os entraves da educação a distância. A falta de preparação das escolas públicas e a segregação socioespacial são esses entraves os quais se assemelham à pedras no caminho.
   Primordialmente, é inegável que as instituições públicas de ensino detêm de uma educação precária, tendo como referência escolas privadas. Com a paralisação escolar e a instauração da EAD (Educação a distância), o que já não era perfeito, deteriorou-se. Um grande número de profissionais de educandários não apresentam conhecimento necessário para o uso da tecnologia, assim, resultando em dificuldades no tipo de ensino supracitado.
   Outrossim, nesse contexto, estudantes com condições financeiras baixas não dispõem de nem um único tipo de ensino, uma vez que, boa parte desses residem em locais onde não há acesso à internet, além de não usufruirem de aparelhos eletrônicos, tais como o tablet, notebook e celular, gerando, então, uma desigualdade educacional.
   Dado os fatos, cabe ao Ministério da Educação, junto com o governo, oferecer cursos de tecnologia destinados a profissionais da rede pública de ensino, facilitando a produção e transmissão de aulas; ademais, deverão ser distribuidos tablets, com chips recarregados, para estudantes de baixa renda ou que não detêm acesso à internet, por meio da ampliação de verbas direcionadas à educação. Desse modo, não existirá tamanha desigualdade educacional e poderemos seguir o caminho, sem pedras para atrapalhar.