A popularização da Internet nas décadas de 80 e 90, permitiu que essa ferramenta apresentasse outras finalidades, como a possibilidade de estudar on-line. Este é o caso do EaD (ensino a distância) prática que vem se expandindo no Brasil, principalmente, em tempos de pandemia. Todavia, tal modalidade apresenta obstáculos, podendo salientar a falta de investimento público e a ausência de acesso à internet nas camadas mais populares.

A princípio, há negligência por parte do poder executivo no que concerne o setor de ensino. Segundo o economista Sir Arthur Lewis "A educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido". Oposta a essa linha de pensamento, observa-se a postura das autoridades governamentais, caracterizada por poucas políticas públicas que visem melhorar o âmbito pedagógico. Tornando professores e alunos sujeitos a materiais precários, escassez de recursos tecnológicos e cortes na área.

Ademais, o ensino a distância não é democrático. Essa modalidade requer a utilização de dispositivos eletrônicos com conexão a uma rede, contudo essa não é a realidade de estudantes de famílias rurais ou carentes. Conforme uma pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet, em 2018, 58% das casas não possuem computadores e 33% não possuem acesso à web, prejudicando uma larga parcela de alunos. Como resultado, se têm um aumento nos índices de reprovação e precariedade do ensino.

Sendo assim, providências devem ser tomadas para contornar essa situação. Então, o FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - irá construir centros de informática em regiões afastadas dos centros urbanos, por meio de verbas concedidas pelo Ministério da Economia. Tais centros terão acesso à rede Wi-fi e tablet's disponíveis para fins educativos. A fim de garantir que estudantes de baixa renda tenham um acesso qualificado e democrático do ensino remoto. Pois como afirma o filósofo Sêneca "A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida".