O filósofo Thomas More em sua obra "Utopia" apresenta uma sociedade perfeita, onde é caracterizada pela falta de mazelas sociais. Ao transpor a ficção e analisar a conjuntura brasileira, nota-se uma oposição ao texto sobredito já que a posse de armas, compromete a harmonia coletiva, ferindo o direito à segurança. Nesse contexto deve-se analisar como a negligência governamental e a influência midiáca, impulsionam tal problemática.

Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como um fator agravante, sobre isso, o filósofo Thomas Hobbs diz "o homem e o lobo do homem", que exemplifica, sem um Estado que limita a liberdade natural dos homens, todos teriam direito a bens e corpos uns dos outros. Todavia no contexto hodierno a passividade do Estado distorcia a população negligenciando direitos Constitucionais, garantido, tendo em vista que, quanto mais armas o Governo permitir ao acesso da população mais seriam a taxa de mortes, com o exemplo de acidentes com armas de fogo, assim comprometendo uma maior ameaça de vida.

Ressalta-se, ademais, que a influência midiáca potencializa esse cenário. Nesse viés, segundo Voltaire, filósofo francês: "Preconceito é opinião sem conhecimento". Em outras palavras, os preconceitos sem devida formulação crítica podem influência as ações de um indivíduo. As telenovelas utilizam erroneamente a violência como entretenimento presente cotidiano brasileiro, e muitas vezes ela está voltada a pessoas com vulnerabilidade econômica evidenciando a desigualdade no país.

Denota-se a urgência de propostas governamentais que alteram esse quadro. Portanto, cabe ao Ministério da justiça — em sua função do devido cumprimento da Constituição — a criação de políticas regradas para o porte de arma e fiscalização para a resolução do problema, com isso, o porte de arma tenha uma regulamentação rígida no Brasil.