Durante a Segunda Guerra Mundial, a mulher teve grande papel na manutenção da saúde daqueles que atuavam na guerra, tal fato contribuiu para trazer visibilidade da importância da mulher na sociedade. Entretanto, ao longo dos anos foi-se enraizando uma esteriotipização da mulher como cuidadora, relacionando tal trabalho com o perfil feminino “delicado” já pré-estabelecido pela sociedade. Com isso, no Brasil até os dias atuais o trabalho de cuidado realizado por mulheres é negligenciado pelo Governo, pois está associado a cargas horárias abusivas, ausência de remuneração e desigualdade de gênero.
Apesar de constar na Constituição de 1988, no quinto artigo, que todos os cidadãos tem direito à igualdade, homens dedicam em média onze horas semanais em afazeres domésticos e tarefas de cuidado de pessoas, enquanto as mulheres dedicam vinte e uma horas semanais para tais atividades, segundo dados do IBGE de 2019. O que indica grande discrepância de gênero em relação ao trabalho de cuidado de pessoas, podendo ser explicada por ideias machistas presentes na sociedade.
Além disso, a falta de remuneração de mulheres que trabalham com o cuidado de pessoas é uma outra consequência da disseminação do machismo no Brasil, uma vez que o cuidado é visto como obrigação para mulheres.
Dito isso, é necessário que o Ministério do Trabalho promova fiscalizações dos locais que tenham atividade de trabalho de cuidado por meio de representantes do sexo feminino que atuem avaliando as condições de trabalho, a igualdade de gênero e suas remunerações para que dessa forma o Brasil se torne um país mais favorável para mulheres e para que as tarefas de cuidado de pessoas sejam mais valorizadas.