Na Grécia Antiga, só poderia participar das assembléias quem era connsiderado cidadão atenieense, isto é, homem, maior de cidade e nascido em Atenas. No Brasil, o acesso à cidadania também se mostra excludente, isso se deve ao fato dos órgãos de registro civil estarem localizados apenas em áreas centrais, além da burocracia para realizar esse processo. Dessa forma, é necessário buscar meios para mitigar a problemática.
Primeiramente, é certo ressaltar que os órgãos como o cartório estão, em maioria, localizados nos centros das cidades, consequência do crescimento urbano brasileiro que "empurrou" a população para a períferia onde hoje residem as pessoas de baixa renda. Com isso, quem não pode arcar com o transporte é forçado a não ter o registro civil, sendo invisível aos olhos do Estado e considerado "não cidadão".
Ademais, outro fato que dificulta o acesso à cidadania é a burocracia ao realizar os processos como a certidão de nascimento, por exemplo. Dessa forma, muitas pessoas desistem pela dificuldade que torna quase impossível adquirir os registros. Assim, embora Aristóteles tenha ressaltado que o homem é um animal político por estar inserido na sociedade desde o nascimento, torná-lo cidadão mostra-se cada vez mais difícil.
Em suma, é notório que a falta de acesso à cidadania no Brasil é um problema que necessita de soluções urgentes. Primeiramente, é preciso que haja a criação do Ministério da Construção Civil para construir cartórios em áreas periféricas garantindo que a população de baixa renda possa alcançar sem custo de transporte. Além disso, o Ministério Público deve buscar a simplificação do processo de certidões, tornando menos burocrático e aumentando o número de registrados. Dessa forma, será possível levar a cidadania para todos, diferente do ocorrido na Grécia Antiga.