A mesma história continua se repetindo, todo o começo de ano aparece em noticiários e jornais a velha e trágica notícia de que várias pessoas morreram devido a chuva torrencial, porém se tal tragédia continua se repetindo, é porque nada está sendo feito a respeito. Em 2014 no interior do estado do Espírito Santo foram atingidos por enchentes. Situação parecida atingiu também, em 2011, algumas cidades da região serrana no Rio de Janeiro. Nas duas ocasiões, autoridades da Defesa Cívil relataram, como fator potencializador dos problemas, as residências e ocupações desordenadas ou irregulares. De fato, a maioria das mortes e dos desabrigados era de áreas de encostas ou de leito de rio, reprovadas por especialistas.



Nesse contexto, outro fator importante que precisa ser considerado é a prevenção. Com efeito, uma melhor infraestrutura urbana poderia ajudar a minimizar problemas dessa natureza. Exemplo disso, é que o poder público atue no planejamento urbano de forma eficiente, construindo declives nas ruas e galerias pluviais, que possam escorrer, captar e transportar grandes quantidades de água da chuva. Além disso, políticas educacionais de conscientização dos moradores de áreas de risco precisam ser periodicamente executadas, ainda que se perceba o retorno de muitos deles para essas áreas por falta de opção e de suporte do poder público.



Portanto, verifica-se que é imprescindível que poder público e sociedade atuem juntos em prol da vida. O Estado, buscando entender as causas, prevenindo os desastres e auxiliando as eventuais vítimas. E a sociedade, entendendo os riscos impostos pela natureza.