John Locke, filósofo inglês, destaca que é dever do Estado assegurar os direitos e o bem-estar da população. Todavia, em virtude do efeitos negativos no futuro da educação durante a pandemia ser uma realidade na sociedade brasileira, é válido reconhecer como o Poder Público não atua de modo efetivo e, pior, não exerce seu papel social. Nessa perspectiva, é possivel analisar a educação deficitária e a desigualdade social como impulsionadores do problema.
De início, percebe-se que a educação deficitária permanece como um entrave na sociedade. Nessa ótica, segundo Kant "O homem é aquilo que a educação faz dele", ou seja, é necessário um ensino de qualidade para o desenvolvimento intelectual do cidadão. No entanto durante o período de pandemia muitos brasileiros tiveram seu ensino abalado, escolas não conseguiriam buscar soluções imediatas para o problema, resultando em diversos estudantes sem acesso ao ensino o que provocou uma lacuna intelectual.
Além disso, vale ressaltar a desigualdade social como um fator que dificulta a atenuação do empecilho, considerando que grande parte da população afetada foi a classe desfavorecida. As escolas públicas e maioria de seus alunos não tiveram recursos para superar esse impasse mesmo o população tendo direitos iguais que não são exercidos visto que se tornam privilégios de poucos.
Portanto, urge a adoção de medidas para combater o problema. Nesse sentido, o Poder Público deve juntar-se aos centros educacionais com o intuito de consertar os seus erros, através de uma evolução na grade de ensino e adotando planos modernos, como a integração da tecnologia. Destarte, gerando apoio e incentivo ao alunos na sala de aula. Feito isso, ao presenciar um Estado eficiente e ativo, a ideologia de Locke poderá, certamente, ser cumprida e vista no país.