Consumo rápido, durabilidade, acessibilidade, atrativos que direcionam o interesse popular para o consumo dos ultraprocessados. Estes, cavalos de tróia trazendo consigo doenças e danos à saúde.
Numa sociedade líquida, não somente relações se tornam mais perecíveis com o tempo, mas, o próprio tempo também se esvai das mãos do indivíduo. Logo, o cotidiano, caótico e apressado, requer uma escolha alimentícia prática e que de preferência não requira habilidades culinárias para se consumir o alimento, dando brecha aos ultraprocessados. Além de sua facilidade para consumo, chamam a atenção por sua estética, e incessantes aparições em veículos midiáticos.
No mundo uma das principais causas de morte são os problemas cardiovasculares, assim como as diabetes e cânceres, cenário que se repete no Brasil. Não obstante, o consumo dos alimentos ultraprocessados é gigantesco, sendo na maioria das vezes a causa direta desses problemas. Obesidade em diferentes faixas etárias se torna comum no cenário de saúde brasileiro graças à estes produtos. Pois motivados pela própria mídia e pelo baixo preço acabam consumindo de forma despreocupada, sendo este último fator determinante para famílias de baixa renda, que muitas vezes não possuem sequer a informação necessária à respeito dos alimentos que consomem. Assim sendo, sem informação e sem dinheiro, estes se veem num cenário ainda pior caso precisem de auxílio médico.
É de máxima importância que os órgãos de saúde pública advirtam a população acerca dos ultraprocessados, com campanhas públicas para que todos tenham acesso à informação, e também, apresentando não só os riscos do consumo dos mesmos, mas também, alternativas saudáveis e de fácil acesso aos mais pobres