Na obra "O cidadão de papel", o jornalista Gilberto Dimenstein critica o sistema de leis no Brasil, o qual possui uma boa elaboração, porém carece de efetividade, na prática. Sob esse viés, a crítica da obra sobredita se aplica no contexto nacional quanto aos efeitos da implantação da Lei seca no Brasil, por ser uma questão a ser solucionada. Logo, são necessárias medidas para solucionar o impasse, motivo pelos acidentes nas rodovias e o pelo insumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Em primeiro lugar, constata-se o desserviço estatal como uma das causas da implantação da lei seca no país. Nesse contexto, o filósofo Zygmunt Bauman criou a expressão "Instituições zumbis", a qual diz respeito ao fato de algumas instituições, como o estado, estão perdendo sua função social. Nessa ótica, tal teoria é constatada no contexto brasileiro, uma vez que o poder público não toma as providências necessárias, acarretando prejuízos aos automóveis ou até mortes fatais. Dessa forma, à omissão governamental, a problemática são agravados no meio social.

Ademais, a carência dos discursos acerca dos efeitos da implantação da Lei seca é um dos motivadores do impasse. Nesse sentido, segundo sociólogo Karl Marx, em sua teoria do "Silenciamento dos discursos", alguns temas são omitidos na sociedade brasileira contemporânea, visto que a visão do autor pode ser aplicada quanto o assunto pouco é debatido no âmbito midiático, acarretando problemas de saúde, levando ao alcoolismo. Desse modo, devido à carência da visibilidade dada à questão, a problemática se mantém no Brasil.

Portanto, faz-se necessário ações para conter efeitos da implantação da Lei seca no Brasil. Para tanto, o governo federal, cuja função é manter a harmonia social por meio do Ministério de saúde e a Polícia federal, a fim de criarem campanhas sobre o alcoolismo, mostrando os males desse vício e aumentarem as fiscalizações aos finais de semanas. Assim como os fiscais não devem pedir nenhum tipo de "agrado" para liberarem os cidadãos. Além disso, cabe à mídia, por meio das redes sociais, a exemplo do Instagram e o Facebook, mostrarem a importância da fiscalização, com fito de evitar acidentes fatais. Feito isso, a realidade destoará da obra de Dimenstein.