No filme “Até que a sorte nos separe”, o personagem Tino, interpretado pelo ator e comediante Leandro Hassum, é um pai de família de classe baixa, que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria, porém aos longos dos anos gastam todo o dinheiro com a vida de ostentação e falta de administração financeira, tendo que buscar alternativa com um amigo da área de consultas financeiras. Fora da ficção, no cenário brasileiro atual, a educação financeira, assim como no filme, não é um tema abundantemente abordado. Assim, torna-se necessário a discussão desses fatores e escassez de tal ensino nos ambientes escolares e consequência desse grave problema.
Esse é um caso recorrente no Brasil visto que, por falta da educação financeira o risco de não saber organizar e administrar o dinheiro ganho, geram prejuízos e dívidas. logo, é valido ressaltar que grande parte da população brasileira sofre com essa desinformação financeira, segundo dados do Serviço de Proteção ao crédito (SPC Brasil) realizado em 2018 cerca de 62,6 milhões de brasileiros terminaram o ano com alguma conta atrasada ou com CPF negativado, isso representa 41% da população adulta do país., mostrando o consumismo exacerbado dos brasileiros como consequência da problemática.
Dessa forma, a falta de acesso educativo financeiro próxima do cotidiano da população que possui renda baixa é necessária romper a ideia de que a educação financeira é apenas para classe alta e pessoas bem sucedidas. A inadimplência financeira é afetada até nos mais jovens, essa estimativa parte dos dados do “G1” site de noticias que em um estudo realizado pela Organização para a cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2015 mostra que mais a metade dos jovens brasileiros na idade de 15 anos não tem conhecimentos básicos sobre como lidar com dinheiro cotidianamente, na pesquisa realizada, entre os 15 países analisados o Brasil ficou em último lugar. Logo, torna-se claro que a educação financeira possui grande importância quando se busca manter estabilidade nas contas pessoais, e que sua ausência gera quadros como o que foi exposto.
Em virtude dos fatos mencionados, verifica-se que a educação é uma ferramenta primordial para a falta de consciência financeira, cabe ao governo federal criar programas com intuito educativo e auxiliar pessoas com dificuldades financeiras e viabilizar acessos para quem precisa, e ao Ministério máximo educativo (órgão responsável pela formação educacional da população) implementar programas ou “jogos” desde o ensino fundamental mostrando os benefícios de saber investir, organizar, poupar e aplicar o dinheiro ganho em um futuro próximo, para que não tenhamos pessoas como Tino , e sim , grandes investidores.