O início é uma das maiores dificuldades para todos os profissionais, a falta de experiência e suas qualificações limitadas se tornam grandes inimigos para aquela pessoa que se dispõe a entrar no tão temido mercado de trabalho. Para artistas, a situação é ainda mais complicada uma vez que encontrar apreciadores que queiram comprar o material artístico é uma raridade, principalmente no Brasil, um país onde rebaixar o artista faz parte da cultura.
Apesar disso, na nossa sociedade, as figuras de maior influência são artistas, sejam eles músicos, atores entre outros. É fácil se enganar pelas aparências, a realidade da maior parte dos profissionais vai em direção a falha, assim, resultando em desistência.
Como fora falado, a profissão artística é uma das mais incertas, o mercado artístico é construído através de interesses como o lucro, além do famoso nepotismo, é um mercado seletivo. Como resultado da seletividade encontramos uma hipocrisia social: o povo reclama da famosa mesmice, e é esse povo que se recusa a comprar a arte que use da ousadia e da originalidade. Como exemplo de crueldade do mercado temos o ator principal do filme Cidade de Deus, que não conseguiu mais oportunidades de emprego após o filme. Nesse caso ainda temos problemáticas ainda mais profundas como o racismo da indústria.
Podemos concluir que os artistas como um todo merecem apoio, independente do tipo de arte, merecem uma chance de ao menos se mostrarem. Isso só será possível se eliminarmos estigmas que existem há séculos através de projetos de apoios para artistas independentes, além da responsabilidade governamental de criar projetos com o objetivo de incentivar artistas a mostrarem suas obras, além da garantia de que, se algo der errado, eles possam ter uma oportunidade para se recomporem.