“O cidadão invisível” trata-se da desvalorização de alguns indivíduos na sociedade brasileira. De fato, a crítica de Dimenstein é verificada na desvalorização dos idosos na sociedade moderna, que infelizmente ocorre. Nesse sentido, observa-se um delicado problema, que tem como causas a sensação de superioridade dos jovens sob essa classe e o individualismo dessas pessoas mais novas.
Dessa forma, em primeira análise, o sentimento de superioridade de jovens em relação as pessoas mais velhas, é um desafio presente no problema. Para Rupi Kaur, “a representatividade é vital”. Porém há um hiato absurdo na representação da valorização dos idosos na sociedade, visto que pessoas mais novas tendem a descriminar e rebaixar pessoas mais velhas por terem maior conhecimento em certos assuntos, como tecnologias e modernidades. Assim é preciso que a representatividade seja vista como algo vital.
Em paralelo, o individualismo desse grupo de indivíduos mais novos é um entrave no que tange ao problema. Chimamanda Adichie defende que “a cultura não faz as pessoas; as pessoas que fazem a cultura”. Tal perspectiva aponta para uma responsabilidade individual de mudar o pensamento coletivo sobre o descaso de pessoas na terceira idade, visto que a ideia individualista sobre a inutilidade e falta de representatividade dessa categoria, geram uma descriminação. Assim, é preciso suscitar a ação individual para a construção social desejada.
Portanto, é imprescindível atuar sobre este problema. Para isso, o Poder Público deve criar políticas públicas, por meio de investimentos na valorização de pessoas idosas no Brasil, afim de reverter a insuficiência legislativa que impera. Tal ação pode, ainda, contar com pesquisas públicas para entender e priorizar as reais necessidades dessa casta. Paralelamente é preciso intervir sobre o individualismo presente no problema. Dessa forma, será possível tornar os preceitos de “O cidadão invisível” uma realidade mais próxima.