Segundo o escritor português Ramalho Ortigão, o homem sem educação, por mais alto que o coloquem, sempre será um subalterno. A frase pode ser parafraseada em um problema que se intensificou durante a pandemia: a desigualdade na educação.
Com a grande disseminação do novo coronavírus, o estudo a distância tornou-se a única ferramenta para a continuação dos estudos. Entretanto, muitos dos alunos não tem acesso a um celular ou a uma rede de internet. De acordo com uma pesquisa feita pela Agência Brasil em 2020, cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa dos 9 aos 17 anos, não tem acesso à internet. Esse problema prejudica os alunos de tal forma que pode levá-los ao abandono escolar.
Entre os estudantes da área rural, a porcentagem daqueles que não tem acesso à rede é ainda maior, cerca de 25%. Além disso, esses estudantes também detém a maior taxa de evasão escolar. Isso deixa em evidência a grande exclusão que esses alunos sofrem por parte do governo.
Podemos concluir então, que para resolver o problema da desigualdade na educação é preciso que o Ministério da Educação promova ações, por meio de verbas, que facilitem o acesso desses alunos à internet, para que assim possamos fornecer educação para todos e formar uma sociedade cada vez mais pensante.