Na frase "a humanidade vive divórcio na Terra" o escritor ambientalista Ailton Krenak, infere sobre como o Homem vive em descaso com a natureza seus dependentes. De maneira análoga, o Brasil enfrenta desafios justamente para valorizar comunidades e povos tradicionais em seu território. Diante desse contexto, existem dois grandes responsáveis, sendo a sociedade e o Estado.

Nesse viés, cabe analisar o ambiente social, que desde períodos pós escravistas sempre diferiu o tratamento de um descendente europeu à de um indígena, atrelado a uma grande opressão. Esse fato explica-se com a grande queda do número desses povos e o mesmo se aplica aos demais povos, que são independentes e trabalhadores. No contexto atual, muitos tem que abandonar seus hábitos, vestimentas e acessórios para poder se adequar aos padrões sociais. Para comprovar, em território nacional, já existiram cerca de 4 milhões indígenas, enquanto atualmente se tem apenas 800 mil. Desse modo, se tornará raro ver pessoas proliferando essa cultura.

Além disso, o Governo não vem contribuindo, levando adiante projetos como o Marco Temporal. A Constituição reconhece a terra dos nativos, já que antecedem a criação do Estado brasileiro, mas querem afetar a existência de várias vidas em prol do mercado imobiliário. Nesse sentido, se arrecadaria mais impostos e giraria mais capital, em troca ceifando os direitos de outros milhares de indivíduos. Para ilustrar, basta observar a situação da floresta amazônica. Como resultado, criação de mais pastos, queimadas, carbono para atmosfera e quem de fato preservava o espaço desamparado.

Em virtude do que foi mencionado, tais caminhos para dar o devido valor aos propulsores da civilização se demonstram um árduo caminho. Em razão disso, cabe ao Ministério dos povos indígenas tomar uma atitude e enfrentar o senado para que o marco não siga adiante. Tal ação deverá ocorrer por meio de mobilização em mídias virtuais e televisivas, afim também educar a população a reconhecer a tradição. Somente assim teremos um país mais empático, respeitoso e plural.