Aldous Huxley defende que: "Os fatos não deixam de existir, só porque são ignorados". Tal perspectiva é verificada nos desafios enfrentados no processo de adoção no Brasil, visto que é bastante demorado. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um complexo problema, que se enraíza na burocracia legal e também nas exigências feita pelos adotantes que preferem um seleto grupo de indivíduos para adotar.

Nesse cenário, em primeiro plano é preciso atentar a burocracia legal presente na questão, prova disso recai que o estatuto da criança e do adolescente (ECA) estabelece um prazo máximo para conclusão da ação de adoção de 120 dias, mas segundo um diagnóstico do CNJ cerca de 43,5% das adoções foram concluídas em 240 dias como consequência disto temos várias crianças e adolescentes sem serem adotados visto que o processo de adoção é dificultoso.

Outrossim, são as exigências feitas pelos adotantes sendo crianças menores de 2 anos brancas e sem qualquer tipo de deficiência impossibilitando a adoção de crianças e adolescentes que não se encaixam neste padrão visto que o Brasil possuí 4,9 mil menores esperando por adoção e 42.546 (dados tirados do site mundo escola), ou seja, o número de adotantes súpera a quantidade de pessoas a serem adotadas, porém, não é todos que se encaixam em suas preferências.

Diante dos argumentos apresentados faz-se necessário que o governo flexibilize o processo legal de adoção e também que por meio dos meios de comunicação haja uma campanha de incentivo a adoção de crianças fora dos parâmetros estabelecidos, desta maneira podemos superar os desafios da adoção no Brasil.