No livro "A República", o filósofo grego Platão idealiza uma cidade justa e sem conflitos, onde os cuidadões caminham em união, Com ênfase no Brasil, essa cidade se distancia cada vez mais, considerando os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado por mulheres aqui, temos dois motivos.
É notório, o descaso governamental para combater diferença salarial, entre homens e mulheres. No artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos é dito que todos os indivíduos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, o que claramente não acontece, tendo em vista a falta de medidas do estado e a grotesca diferença de
oportunidades, para além do salário.
Outro agente influenciador é o machismo, a imagem cristalizada da mulher na cidade e a desvalorização de trabalhos de cuidado. Em uma matéria do Estadão, Hannah Arendt disse que até meados do século 19 as mulheres tratavam da vida particular e eram privadas da vida pública, o que gerou atraso social posteriormente.
Cabe a sociedade, as famílias e ao governo, juntos, promoverem debates, apresentarem caminhos e darem voz para as mulheres, dessa maneira elas terão conhecimento e poderão escolher seus destinos, sem obrigações.