Séculos se passaram desde a era da Monarquia e da escravatura, época em que a visão que a sociedade tinha das mulheres era de que ela só existiam para servir e procriar herdeiros. Hoje, na atual realidade brasileira, grande parte das mulheres são as responsáveis pelos cuidados que suas famílias exigem, seja por causa desse pensamento retrógrado sobre elas, ou pela triste falta de profissionais especializados nessa área de cuidados.
Segundo a Bíblia, o livro mais vendido no mundo, as mulheres são os pilares da casa, e os homens, os protetores. Entretanto, a visível desconfiguração da família brasileira com a distorção e ausência da figura masculina ou paterna, tem feito com que as mulheres assumam o papel de líderes de suas casas, fazendo que o ato de serem as únicas responsáveis pelos cuidados de seus lares tenha se tornado algo naturalmente comum.
Em paralelo a frase "Não se nasce mulher: Torna-se", desde cedo, algumas meninas precisam de amadurecer jovens demais para tomarem conta de seus parentes que necessitam de cuidados especiais, como crianças, e idosos, que as vezes podem ser seus únicos responsáveis. O que se torna uma ameaça para o futuro dessas jovens, que nem sequer conseguem algum tipo de ajuda, pois, dificilmente se encontram pessoas que sejam profissionais na área dos cuidados.
Portanto, torna-se necessário uma ação do Governo, para que possa estar intervindo por meio da criação de campanhas publicitárias, e no investimento em instituições de ensino especializadas em cuidados, para que a população possa se conscientizar do valor desse trabalho feito pelas mulheres, e para o aumento no número de profissionais dessa área. Pois somente com uma sociedade conscientizada dessa problemática é que será possível a retirada de todas essas mulheres do silêncio da invisibilidade.