Na obra "Utopia", do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto da educação ineficiente, quanto da desigualdade social. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.

Sobretudo, é crucial pontuar que a invisibilidade deriva de baixa atuação dos setores governamentais, no que se refere à criação de mecanismos que controlem tais recorrências. Segundo o pensando Thomas Hobbes, o Estado é responsável por manter o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido a baixa atuação das autoridades na educação e acaba tendo como consequência à desvalorização do cuidado realizado pela mulher. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal urgentemente.

Outrossim, é igualmente preciso apontar a desigualdade social como outro fator que contribui para a manutenção do problema. "No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". Através deste trecho do poeta Carlos Drummond de Andrade vê-se que determinado problema se configura como um obstáculo na vida de muitos brasileiros. Logo é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, cabe ao Estado em sua função de promotor do bem-estar social fazer melhorias na educação, palestras para conscientizar jovens e adultos, mediante a investimentos, ongues. Tais ações terá como finalidade, solidariedade da população, igualdade e visibilidade. Desse modo, o Brasil poderá combater o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher, e a coletividade da utopia de More será alcançada.