A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país prevê no artigo 6. °, o direito a igualdade como essencial a todo cidadão brasileiro. Posto que, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase, na prática ao se observar o aumento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres, impedindo, desse modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se necessário a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

A princípio, notabiliza-se a ausência de medidas governamentais para combater a insegurança econômica, política e social que prevalece sobre as mulheres e meninas. Portanto, a falta de equidade social e a desigualdade trabalhista. Esse contexto, segundo John Locke, Filósofo contratualista, configura-se como violação do contrato social, visto que o Estado descumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem dos direitos indispensáveis, qualidade de vida, evidente no país.

Ademais, é fundamental evidenciar a desigualdade trabalhista e social em relação as mulheres, como causador do preconceito cultural no Brasil. Contudo, embora a Constituição Federal de 1988 seja um instrumento para tornar a cidadania válida para todos, o cenário atual da sociedade brasileira está repleto de imperfeições e impasses no que diz respeito à cidadania e à desigualdade.

Depreende-se, primordial solucionar os impasses dispostos. Para isso, é imprescindível que o Governo por intermédio de auxílio financeiro, bolsas educacionais, equidade de gênero, proporcionem maior qualidade de vida e igualdade social, visando proporcionar a visibilidade dessas mulheres, para que assim possam se inserir como parte fundamental da sociedade. Dessa forma, consolidar-se-á uma sociedade respeitosa, e o estado cumprirá adequadamente o seu contrato social, como afirma John Locke e a Constituição Federal.