"Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação". De maneira análoga ao denunciado na música "Que País É Esse", da banda Legião Urbana, revela-se a persistência da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres brasileiras, o que fere o princípio da dignidade da pessoa humana. Destarte, não só a negligência governamental, mas também ao descaso da mídia, aprofundam essa questão no país.
De antemão, vale indagar o posicionamento do governo diante disso, tendo em vista o crescimento da demanda nessa área. Torna-se evidente, assim, a ineficácia da administração que deve zelar pela ordem e garantia de direitos trabalhistas. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman "Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas". A partir disso, é possível ver a injustiça cometida contra essas cidadãs, que merecem mais do que lhe oferecem.
Além disso, o descaso mídiatico também pode ser apontado como promotor do problema. De acordo com René Descartes "Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis". Partindo desse pressuposto, percebe-se que as redes de comunicação não se permitiram divulgar o que vem ocorrendo com essas mulheres, as quais passam quase 24 horas se dedicando a esses serviços. Logo, é imprescindível a atuação governamental e social para que tais empecilhos sejam superados.
Portanto, cabe ao governo, enquanto responsável pelas decisões referente ao povo, promovendo a elaboração de leis que limitem e reorganizem o tempo da jornada de trabalho e que melhore a questão salarial, por meio da apresentação dessas propostas aos demais responsáveis pela aprovação dessas leis. Com isso, o Brasil se tornará um país que garante a ampla defesa dos direitos fundamentais de seus cidadãos.