A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, assegura a inviolabilidade de todos os direitos dos cidadãos. Contudo, é evidente que na atual realidade brasileira, não há o cumprimento dessa garantia, principalmente quando se trata dos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. Logo, faz-se necessária uma análise à respeito do posicionamento governamental perante essa problemática, e suas ações para minimizá-la.
Em primeiro plano, é de extrema necessidade ressaltar como o Estado é negligente. Segundo o pensador Thomas Hobbes, é responsabilidade do governo garantir o bem-estar da população, entretanto, é visível que no Brasil isso não é uma realidade. Assim sendo, é perceptível a inserção da mulher na sociedade de forma divergente em relação aos homens, já que a ideia de que atividades que exigem cuidado são de exclusividade feminina, se perpetua à diversas gerações. Diante disso, se torna importante ações para que esse pensamento se desconstrua em meio a sociedade.
Ademais, é inegável que a dificuldade de empregabilidade para as mulheres se torna o originador do problema, fazendo com que submetam-se a atividades mal remuneradas, como o trabalho de cuidado. Logo, torna-se inadmissível a perduração desse cenário.
Por fim, faz-se indispensável a ação conjunta do Estado e da sociedade. Dessa forma, cabe ao poder público em parceria com a mídia nacional, realizar debates e campanhas que tenham como finalidade a inserção e valorização das mulheres no mercado de trabalho, a fim de que as mesmas tenham direito a remuneração de suas atividades, sejam elas de cuidado ou demais funções. Desse modo, a afirmação de Thomas Hobbes será uma realidade para todos os cidadãos brasileiros.