Antes de tudo, nota-se que desafios, como a não remuneração do trabalho de cuidado realizado pela mulher são, de certa forma, um reflexo da negligência governamental. Uma evidência disso pode ser a falha no processo de investimento financeiro para as profissionais que atuam nos serviços de assistência para jovens e idosos que necessitam de auxílio para realizar afazeres do cotidiano, o que tem prejudicado a compensação e a valorização desses cuidados. Recorrendo às reflexões do filósofo Immanuel Kant para explicar esse fenômeno, observa-se que demandas populacionais podem não ser atendidos devido à ausência de compreensão racional, por parte de alguns integrantes do Estado, acerca da responsabilidade do regime republicano na garantia do bem-estar social.
Ademais, percebe-se que a inércia da sociedade tem exercido influência no comportamento individual perante os desafios para esse enfrentamento. Como consequência, verifica-se pouca mobilização comunitária na luta por fiscalização governamental das empresas que contratam as mulheres para realizar serviços de assistência, comprometendo, então, os direitos trabalhistas destas profissionais. Utilizando-se do conceito de "habitus" do sociólogo Pierre Bordieu para esclarecer esse fato, constata-se que, em virtude de um processo coercitivo, os indivíduos tendem a não indagar a natureza de suas ações, passando, dessa forma, a reproduzir hábitos sociais predominantes.
Cabe, por fim, admitir que os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil devem ser superados. Logo, é necessário que o Estado garanta auxílio financeiro, priorizando o repasse de verbas, a partir do órgão competente, para garantir a remuneração das mulheres que atuam nos serviços de atenção, com o objetivo de valorizar seu auxílio. Além disso, é fundamental sensibilizar a população, a partir de campanhas midiáticas, produzidas por ONGs, sobre a importância da mobilização coletiva em prol do monitoramento estatal nas empresas que contratam profissionais femininas, a fim de assegurar os direitos trabalhistas destas trabalhadoras. Desse modo, assim como conceituou Aldous Huxley, seria possível não ignorar os fatos negativos e, principalmente, desmaterializá-los.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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