Promulgada em 1998, a Constituição Federal vigente assegura direitos fundamentais para a democracia e vida digna de seus cidadãos. Porém, os desafios enfrentados por mulheres cuidadoras, tem suas consequências, como mal remuneração pelo trabalho doméstico. Dessa forma, mediar a conjuntura, é imprescindível enunciar os pilares da adversidade: o fator social e a ineficácia governamental.
De acordo com Pierre Bourdieu, 'não há democracia efetiva sem um verdadeiro crítico'. Sob tal perspectiva, no Estado 'verde e amarelo' hodierno, a passividade na reflexão crítica do brasileiro sobre a discriminação com mulheres que assumem esse cargo por necessidade, tendo em vista que a carga horária semanais em comparação entre homens e mulheres são exorbitantes.
Ademais, convém destacar as falhas estatais. Nessa perspectiva, John Rawls, na teoria do Pacto Social, enfatizou o Estado como mantenedor do bem-estar coletivo. Contudo como as mulheres são inseridas em determinados grupos, contrasta com a tese do autor, uma vez que o governo do Brasil parece não se preocupar com esse enredo, tendo em vista que sem a valorização desse trabalho, a economia entraria em crise.
Portanto, o tema é um obstáculo intrínseco de raízes culturais e governamentais. O Ministério das Comunicações deve difundir informações a respeito dos desafios de invisibilidade que mulheres enfrentam no Brasil a respeito do trabalho de cuidado, em colaboração com canais midiáticos de grande audiência, com o objetivo de apresentar uma visão crítica da problemática e orientações por cuidadores do lar e é empregados domésticos. Com a criticidade proposta por Bourdieu e o Pacto Social de Rawls, busca-se garantir uma vida digna para a sociedade brasileira, de acordo com a Constituição Federal.