O filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella, em seu livro "Educação, convivência e ética", critica a forma como o povo brasileiro se conforma com as problemáticas sociais, no Brasil. Nesse contexto, é valido analisar como o descaso da população é um dos principais desafios para combater a intolerância religiosa no país, além, claro, da insuficiência das políticas públicas de combate.
A princípio, é importante destacar o conformismo dos cidadãos brasileiros com a inclemência religiosa no Brasil. Isso acontece, porque, como cita Albert Einstein - acentuado físico alemão - "É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito". A vista disso, nota-se que o conformismo da população em relação à depreciação religiosa no país é dado, na maioria das vezes, devido ao preconceito que está impregnado na sociedade brasileira. Além da discriminação religiosa, também é notável a grande intolerância da sociedade em relação à religiões vindas de outras matrizes a não ser o cristianismo no Brasil, uma vez que a sociedade se põe totalmente incapaz de estabelecer, nos padrões sociais, religiões vindas de outras origens e culturas no país. Assim, milhares de brasileiros são desamparados pela sociedade, pois seus compatriotas não reconhecem a condição de importância para uma maior diversidade religiosa no país.
Outrossim, também, é preciso pontuar a incapacidade do Estado para reverter o cenário da intolerância religiosa em território brasileiro. Afinal, as políticas públicas, atualmente, que deveriam agir para que várias religiões não seja descriminada no país, não tem a capacidade de reverter tal cenário. Essa situação é o que o antropólogo Roberta DaMatta classifica como "Estado de Incompetência", já que o Poder Público, mesmo com todas as ferramentas democráticas, não muda a realidade do preconceito. Assim, o desprezo religioso continua a fazer parte do cotidiano de milhares de brasileiros, que deveriam ser amparados pelo Governo Federal, evitando que sofram com tal inflexibilidade.
Desta forma, nota-se que uma maior valorização de religiões praticadas em solo brasileiro, possibilitará uma maior diversidade religiosa no país, além disso, valorizar a identidade cultura do Brasil. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Cultura - responsável pelo planejamento e pela execução das políticas nacionais de cultura e de artes no país - dar visibilidade para religiões desprezadas pelo povo brasileiro por meio da promoção festas anuais, igualmente, para todas as religiões adotadas no Brasil, e também, ter uma maior preferência em contratar artistas que praticam religiões discriminadas pela sociedade para se apresentar em grandes festivais no Brasil, para que assim suas religiões tenham maior valorização dentro da sociedade. Ademais, é necessário que o Governo Federal, seja mais eficiente em suas políticas sociais em torno dessa problemática, é necessário que seja implantada campanhas no meio social, abordando a importância da religiosa no nosso país, com fim de informar a população, e quem sabe assim a intolerância religiosa seja repulsada na sociedade.