O conceito de "cidadanias mutiladas" do geógrafo brasileiro Milton santos, explicita que a democracia só é efetiva quando atinge a totalidade da população. A partir dessa perspectiva, é possível observar que a realidade contemporânea brasileira se distância desse ideal democrático, visto a desvalorização de comunidades e povos tradicionais brasileiros. Desse modo, é essencial analisar os principais propulsores desse contexto hostil: de desvalorização e esquecimento desses povos e comunidades.

Dessa forma, torna-se evidente que a omissão de lideres governamentais do país, cristaliza a real situação de indígenas, quilombolas, pescadores entre outros povos tradicionais do Brasil. Isso acontece porque observa-se a deterioração do papel formador do jovem na escola, visto que a ingerência governamental prevê uma educação que limita a instrução social, de modo, que a sociedade não esteja preparada para lidar com o desafio de valorização destes povos e comunidades, e muito menos, propor caminhos para combater essa desvalorização.

Além disso, é inegável como a manipulação midiática alicerça a desvalorização destes povos e comunidades. Isso acontece porque os meios de comunicação pautados em uma perspectiva lucrativa, valorizam o engajamento de seus conteúdos, marginalizando, assim, a abordagem de situações que não evocam a visibilidade. Dessa maneira, a conjuntura precária que cerca os indígenas, quilombolas, pescadores... é silenciada na mídia por não ser um assunto atrativo e que envolva a maior parte do público-alvo desses veiculos.

É evidente, portanto, medidas que solucionem a situação dos povos tradicionais. Por isso o Ministério público - órgão responsável pela defesa dos interesses sociais - deve por meio, de ouvir as necessidades e queixas das pessoas quê compõe esse grupo, afim, de se ter equidade, igualdade e valorização, para enfim, todos os povos tradicionais do Brasil. Assim, o ideal do geógrafo Milton Santos será, de fato, uma realidade no país.