No livro "O Cidadão de Papel", do jornalista Gilberto Dimenstein, a denuncia da ineficácia de diversos mecanismos legais é feita, evidenciando uma cidadania aparente- metáfora utilizada pelo autor. Nesse sentido, pode-se relacionar tal premissa ao que ocorre no Brasil, por exemplo, o fato de ainda existirem desafios para a implantação de projetos educacionais em presídios no Brasil. Isso é causado pela estereotipação negativa e a superlotação dos presídios.
Em primeiro lugar, de acordo com a Constituição federal de 1988, todos os direitos básicos - desigualdade, saúde ,educação- são assegurados a toda a população. Entretanto, isso não ocorre na pratica, haja vista que a implantação de projetos educacionais em presídios, esta comprometida. Essa constatação pode ser feita na medida em que há a nítida estereotipação negativa dos detentos perante esse problema, pois não acontecem politicas publicas que visem facilitar a educação no sistema carcerário. Desse modo, muitos indivíduos sofrem com a exclusão social e tem, infelizmente, seus direitos a educação prejudicados.
Além disso, vale ressaltar a superlotação dos presídios para o agravamento desse cenário. O Brasil é a 3 maior população carceraria do mundo, onde o sistema prisional apresenta 368 mil vagas, mas existem, em media, 830 mil presos. Dessa forma, esse é o principal desafio para a implementação de programas educacionais eficazes nos presídios, devido a falta de espaços adequados para salas de aula.
Diante do exposto, é possível perceber que a implantação de projetos educacionais em presídios no Brasil possuem desdobramentos nocivos para a sociedade brasileira. Portanto compete a Secretaria Nacional de Politicas Penais, adotar uma série de medidas para enfrentar esses desafios, como por exemplo, o aprimoramento da infraestrutura prisional e a criação de campanhas de sensibilização publica, a fim de garantir os direitos á educação aos detentos.