No livro extraordinário, escrito por R. J. Palacio, o personagem principal (Auggie), possui uma deformação no rosto que o torna diferente das outras pessoas, e precisa enfrentar, dentro e fora da escola, o preconceito. Paralela à essa realidade, no Brasil, surdos enfrentam muitos desafios para sua formação educacional, visto que faltam profissionais capacitados para ensiná-los e consequentemente os exclui da sociedade.

Em primeiro plano, a falta de profissionais capacitados para ensinar a população surda, se concretiza como um dos desafios desse impasse. Segundo a filosofia de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância. Em contrapartida, percebe-se que os deficientes auditivos muitas vezes não tem acesso à educação por falta de pessoas que saibam auxiliá-los, o que torna, para eles, o sistema educacional pouco democrático.

Consequentemente, a falta de uma educação democrática, causa a exclusão desses indivíduos da sociedade. Nessa lógica, Nelson Mandela (ex-Presidente da África do Sul), afirma que "liberdade parcial não é liberdade". Dessa forma, quando os surdos são privados de ter acesso a um ensino de qualidade, acabam por ser cada vez mais segregados, perdendo em partes sua liberdade e seus direitos.

Portanto, medidas são necessárias para combater esses desafios. Para isso, o Ministério da Educação deve capacitar profissionais da educação para o ensino de deficientes auditivos, por meio de cursos e palestras, afim de garantir o pleno acesso aos direitos que eles possuem e a igualdade de ensino entre surdos e alunos ouvintes. Espera-se dessa forma, acabar com os desafios presentes na formação educacional dos surdos no Brasil.