De acordo com o artigo 6º da Constituição Federal do Brasil, o cidadão tem como direito social o lazer e a e educação. Entretanto, atualmente no país essa garantia não é cumprida, haja visto que o cinema se encaixa como lazer e método educativo, e o acesso ao mesmo não é democrático quanto deveria, visto que a negligência governamental e a mentalidade social intensificam a problemática.
Certamente, os investimentos governamentais não são distribuídos de forma igualitária no Estado, isso faz com que os direitos citados no artigo 6º não sejam cumpridos de forma democrática em todas as áreas do Brasil, sendo mais prejudicadas as áreas mais pobres, como Nordeste, Norte, periferias e cidades pequenas. Esse fato que distância os cidadãos do cinema leva a perca de conhecimento e cultura, que são transmitidos por meio das telas.
Ademais, o pensamento generalizado é outra questão a ser discutida. Segundo a filósofa Hannah Arend, a sociedade tende a ignorar um problema frequente que não é resolvido, agravando a situação. Nessa perspectiva, a ignorância para com a cultura e o pensamento equivocado e humilde de que o lazer é um “luxo”, não um direito, camuflam a problemática. Já que os cidadãos que carregam consigo tal ignorância e pensamento, certamente não cobram dos governos seus direitos de forma rigorosa.
Portanto, é fundamental que medidas sejam tomadas. Desse modo, o Governo Federal por meio da realocação de verbas deve investir na cultura e lazer dos cidadãos, e também na capacitação de professores, fazendo com que os mesmo usem cada dia mais o cidade como um método educativo. Assim, podemos afirmar que se tais medidas forem tomadas, o acesso ao cinema no Brasil pode ser democratizado.