Na metade do século XX, nos Estados Unidos, o cigarro era visto como artigo de luxo e prestígio, o hábito de fumar era muito difundido pelo país. De maneira semelhante, no Brasil moderno, essa prática é frequente, principalmente entre os jovens. No entanto, essa prática é prejudicial aos seus consumidores. Destarte, é necessário analisar suas possíveis causas para combater o tabagismo no Brasil.
Em primeiro plano, é indubitável que diversos jovens, ao estarem inseridos em um ambiente no qual o tabagismo é frequente, essa prática é favorecida e mais possível de acontecer. De acordo com o filósofo Sigmund Freud, em sua teoria desenvolvimentista, o meio exerce forte influência na formação cognitiva do ser humano. Dessa forma, a normalização desse costume em certos locais e a falta de consciência de que isso é um problema influenciam e tendenciam a reprodução do ato.
Ademais, o ato de fumar entre a população mais jovem no Brasil é motivada pela fuga do estresse diário e a busca pelo prazer. Segundo Byung Chul-Han, filófoso sul coreano, a sociedade do século XXI é marcada pela procura em instantânea por prazeres imediatos como válvula de escape da realidade diária. Nesse sentido, apesar de o tabagismo promover a sensação de bem estar efêmero, a longo prazo esse problema pode corroborar o aparecimento e agravamento de doenças cardiovasculares, por exemplo.
Urge, portanto, a tomada de medidas que mitiguem o tabagismo entre os jovens brasileiros. Dessa forma, cabe ao Ministério das Comunicações, junto com empresas midiáticas de grande alcance, a veiculação de comerciais que informem a população os efeitos nocivos causados pelo hábito de fumar. Para isso, promover a história de pessoas que sofreram os impactos dessa prática, com o objetivo de reduzir o alto índice de tabagismo entre a população jovem. Assim, talvez, o cigarro não será visto como objeto de luxo, da forma que foi nos Estados Unidos.