No filme “Crianças Invisíveis”, é retratado sete histórias de crianças que vivem na pobreza em diferentes países do mundo, mostrando uma dura realidade que as faz perder toda a sua infância. Nesse sentido, a narrativa revela o quão são importantes pais e responsáveis estarem sempre voltados à atenção para os menores sob seu resguardo, ao ser com eles a maior responsabilidade de garantir suas principais decisões da vida. Fora da ficção, fica claro que a realidade apresentada no filme pode ser relacionada àquela do século XXI: os desafios na garantia dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil e suas consequências.

Em primeiro lugar, é importante destacar que a garantia de direitos a todas as crianças e adolescentes é essencial, ao permitir a participação deles na sociedade. Segundo a Lei Federal, no artigo 227, define as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos, em condições especiais de desenvolvimento que demandam proteção integral e prioritária da família, da sociedade e do Estado. Consequentemente, evidencia-se a problemática da violência e trabalho infantojuvenil no Brasil, visto que a falta de medidas governamentais sobre o assunto causa negligências e muitos são impedidos de alcançar o seu bem-estar e educação.

Ademais, destaca-se que esse distanciamento político é vinculado pelo silenciamento midiático do Estado, ocasionando repercussões negativas entre a classe. Conforme a jornalista Laís “Modelli”, cerca de 49,7% de negação de acesso a pelo menos um dos seguintes direitos básicos, como: educação, proteção contra o trabalho infantil, moradia, água e saneamento, por exemplo, pode ser explicada pelos cortes de orçamento em políticas públicas, desprovimento de campanhas e programas sociais, enfraquecendo principalmente os órgãos responsáveis ​​pela formulação e acompanhamento da população infantojuvenil. Desse modo, devido à falta de ações governamentais, como consequência, as crianças e adolescentes passam por violências, abandono das atividades escolares, bullying, criminalidade, agravando a desigualdade social e gerando mais pobreza para crianças, adolescentes e suas famílias.

Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a melhoria e garantia da democratização aos direitos dos menores, cabe ao Ministério da Educação, juntamente com o Estatuto da Criança e do Adolescente, adotarem medidas eficientes por meio de criação de novas leis e palestras nas escolas, por uma melhor fiscalização dos menores. Somente assim será possível manter os direitos preservados.