Diante dos atuais acontecimentos referentes à pandemia do Covid-19, escolas e instituições de ensino superior tiveram que se adaptar em curto espaço de tempo à total imersão no ensino remoto. Claramente, uma reorganização rápida de uma esfera tão complexa e necessária, a educação, causaria grande impacto e geraria conflitos quanto ao seu acesso.

Segundo Paulo Freire, a educação é a chave para a quebra de paradigmas. E, quando nos voltamos para a realidade fora da redoma privilegiada do capitalismo, é clara e preocupante a situação de desigualdade. De um lado, o aluno que obtém facilmente os produtos, frutos da tecnologia, consegue acompanhar os conteúdos de sua referida série. Contudo, o aluno que mora em localidades rurais ou não tem condições favoráveis ao acesso a internet, ficará de fora desse novo método, o ensino remoto.

Embora haja a necessidade da pluralização deste acesso, não obstante o novo método mostrou-se capaz no encurtamento da distância entre professor e estudante. Causando uma visão mais humana e coerente de que "estamos no mesmo barco".

De forma abrangente e eficaz, o governo, órgão politicamente mais fortificado, deve promover a cada estado ações solidárias quanto ao acesso dos conteúdos. Disponibilizar livros e materiais ou ousar mais. A criação de um "0800 me ajuda na matéria", de efetuação gratuita já quebraria um pouco mais a barreira da "internet necessária".