Com o desenvolvimento da telecomunicação no Brasil, o Ensino a Distância (EAD) ganhou mais espaço na população brasileira pela comodidade que esse tipo de ensino proporciona, como flexibilidade dos horários de estudo, atividades caseiras e até trabalho. Porém esse bônus do EAD não é para todos, já que a falta de acesso aos meios digitais aliada com a escassez de redes públicas que oferecem esse tipo de ensino, trouxe desafios no Ensino a Distância no Brasil.

Infelizmente, a porcentagem de pessoas que não tem contato com os recursos digitais e à internet é muito grande. Ainda existem indivíduos que não possuem meios de comunicação, como um celular, computador, televisão e conexão a internet. Em junho de 2011 a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que a internet é um direito humano, mas não é toda sociedade que goza desse direito. Sendo assim, dificulta o ensino de pessoas pobres que não tem condição de infiltrar-se nesse meio que privilegia classes mais altas.

A carência de redes de EAD públicas no Brasil é mais um problema para vencer o desafio proposto. Algumas pessoas não têm oportunidade para pagar uma rede EAD já que é escassa no meio público. Durante pandemia do covid-19, a rede privada sobressaiu diante a pública já que a massa que paga por essa educação, é composta por elementos que possui capacidade total para aprender, conectados, fora de uma sala de aula. Enquanto a rede pública não pode prosseguir o aprendizado porque ainda existem pessoas que não tem acesso.

Com objetivo de sanar essa dificuldade, o Estado deve tornar o EAD mais acessível de modo que todos consigam suprir suas necessidades intelectuais. Criando mais redes de ensino públicas e concedendo o material para imersão do aluno no ensino, para absorção do aprendizado de qualquer lugar que o aluno esteja. Doando aparelhos que tenham capacidade para armazenar os conteúdos e de conectar-se com os professores regularmente a fim de ter um suporte mesmo que não esteja em sala de aula.