Sob esse viés, é fulcral reconhecer que a inação estatal é uma das causas da desigualdade de acesso ao saneamento. Segundo o filósofo Karl Marx, o Governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os interesses da burguesia. Essa teoria se comprova na realidade, visto que apenas os grandes centros urbanos e as áreas elitizadas estão adequadamente saneados, fazendo com que os governantes tenham uma sensação de dever cumprido, mesmo sabendo que há lugares onde o tratamento de água e esgoto também precisa chegar. Dessa forma, a população periférica e menos afortunada permanece em precárias condições de vida e suscetível a várias doenças. Urge então, que o Estado saia da inércia em que se encontra para que o óbice seja superado.
Ademais, a falta de visibilidade que a questão possui é outro agente dificultador para que o saneamento seja universalizado. De acordo com a pensadora Djamila Ribeiro, é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Pois, a partir do momento que a árdua rotina dos residentes das periferias e o fato de carecerem de higiene e salubridade dificilmente é divulgado nos veículos midiáticos, o corpo social segue desinformado e consequentemente não consegue pensar e debater formas de sanar o imbróglio. Sendo assim, é de extrema importância trazer essa problemática à luz para poder atuar sobre ela.
Portanto, para que o impasse seja solucionado é imprescindível que o Estado, a mídia e a população se mobilizem. Destarte, o Ministério da Saúde deve, por meio de investimentos, elaborar novos projetos para sanear e realizar a coleta de resíduos em áreas carentes, com a participação de uma equipe multidisciplinar, que estudará o relevo, hidrografia e modo de vida dos moradores do local, fazendo uma ação humanizada e que tenha êxito, afim de promover a igualdade e a saúde. Faz-se necessário também, que a mídia, por seu caráter abrangente, procure noticiar mazelas sociais como essa e incentive o público a refletir e a cobrar seus governantes. Dessa maneira, a sociedade brasileira poderá se igualar à retratada em "Utopia".
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada