A cultura do cancelamento visa denunciar e se posicionar quando uma figura pública comete algum ato criminoso ou algum tipo de preconceito que geralmente envolvem minorias sociais, mas na sociedade atual, torna-se notável que essa prática é seletiva e também racista.
Para começar, o público apresenta certa tendência a rejeitar pessoas negras, por exemplo vimos no programa Big Brother Brasil 21 que trouxe o maior número de participantes negros comparado a todas as outras edições, essas mesmas pessoas foram colocadas e caracterizadas como violentas, doentes e até foram desumanizadas pelo público, saindo do programa com mais de 90% de rejeição. Curiosamente edições anteriores que tinham participantes brancos, que reproduziram racismo, homofobia, violência contra mulher e não obstante, também acusados de estupro, não sofreram nem metade dessa rejeição.
Obviamente essa tendência tem como base o racismo, visto que estamos em um país onde acreditamos no mito da democracia racial, ou seja, que na sociedade brasileira existe uma igualdade entre negros e brancos mas que não se aplica na prática, quando pessoas negras perdem contratos com marcas, perdem o apoio do público, são distanciadas da visibilidade e até mesmo excluídas por anos da indústria.
Finalizando, é indispensável que a grande mídia pare de contribuir e crucificar as pessoas pela sua raça, a fim de não intensificar os ataques e rejeições a pessoas negras na sociedade de modo que associações negativas não sejam propagadas. Em segundo lugar, também é preciso que práticas antirracistas sejam consolidadas pelo Poder público, apoiando e acolhendo negros vítimas do cancelamento e não cessando suas oportunidades.

@lwcianz, jherodrigues pode corrigir por favor? Desculpa o incomodo.

@jherodrigues pode corrigir por favor? Perdão pelo incomodo.