A busca incessante pelo “corpo perfeito” caracterizado pelo padrão de beleza midiático vem ganhando espaço na vida da sociedade atual. Dieta das cores, da lua, da proteína e tantas outras inventadas diariamente são usadas por pessoas que querem adequar-se ao belo independente das consequências. Mas até onde se pode ir para evitar que a preocupação estética torne-se uma obsessão, colocando o corpo e a mente em risco?
Para algumas pessoas, olhar-se no espelho é quase uma tortura. Não satisfeitos com o que são, recorrem a processos cirúrgicos e se moldam a gosto da sociedade. Muitas vezes isso se torna um vício, como é o caso do cantor norte americano Michael Jackson, que se submeteu a inúmeras cirurgias plásticas, alterando até a cor de sua pele. O Brasil, pela primeira vez, ultrapassou os Estados Unidos e agora é o país com o maior número de cirurgias no mundo, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas e Estéticas.
A falta de tempo para a prática de esportes e o imediatismo psicológico que os brasileiros possuem, levam muitos a recorrerem ao uso de anabolizantes para o ganho rápido de massa muscular. Entretanto, é grande o risco de que este venha a lhe causar infecções ou deformações e em casos mais graves, problemas cardíacos e respiratórios. outro problema são as dietas caseiras - feitas sem o acompanhamento de um especialista - que não respeitam o organismo de cada pessoa. Tal fator pode desencadear transtornos como anorexia e bulimia, que geram desnutrição e também podem resultar em depressão ou levar ao óbito.
Portanto, a prática de esportes e a reeducação alimentar podem ajudar de modo saudável para que as pessoas possam sentir-se bem consigo, sem comprometer sua saúde física e mental. Cabe ao governo e ministério da saúde, criar campanhas para a conscientização lideradas por profissionais que estendam do assunto, para que a população perceba os riscos. As escolas, a mídia e a sociedade também podem ajudar a flexibilizar o padrão de beleza convencional, é preciso mostrar que todos são belos como são e que não deve haver um modelo a ser seguido. A linha tênue entre estética e saúde não deve ser ultrapassada.