O consumismo é algo muito presente em nossa sociedade, desde a primeira revolução industrial ocorrida na Europa durante o século XVIII a tecnologia vem se aprimorando em um ritmo exponencial. A todo momento novas mercadorias são inseridas no mercado, essas sendo melhores do que àquelas lançadas na semana anterior, e algumas pessoas acompanham (ou muita das vezes, tentam acompanhar) esse movimento ininterrupto de constantes atualizações.
Logo, devido as inúmeras evoluções tecnológicas a sociedade daquele período evoluiu muito quando comparada com a atual, temos uma maior expectativa de vida e consequentemente uma qualidade muito maior de vida também, medicamentos e vacinas cuja função é combater doenças que antes sentenciavam as pessoas a morte, uma produção de diversos alimentos e em escala continental, que seria suficiente para alimentar bilhões de pessoas sem maiores dificuldades, além do surgimento de aparelhos eletrônicos que permitem façanhas nunca antes imaginada como a possibilidade de se comunicar com alguém a quilômetros de distância ou obter informações de diversas áreas do conhecimento com um único clique.
Entretanto, o consumo exacerbado, seja de alimentos ou eletrônicos traz prejuízos, não só para a pessoa que está consumindo, mas também para o planeta, o acumulo de lixo eletrônico todos os anos cresce em milhares de toneladas, o que não seria um problema se não fosse pelo seu período de decomposição que beira a centenas de anos, e quando ocorre libera substâncias tóxicas não só para os animais daquele ambiente, mas também para o solo que se contamina deixando de ser fértil e até para os lençóis freáticos que se encontram nas profundezas desse mesmo lugar. Além disso, a água e as demais matérias-primas que são utilizados para produzir alimentos que muitas vezes serão enviados diretamente para o lixo, ou que na melhor das hipóteses serão parcialmente consumidos é preocupante. Os recursos do planeta são finitos, mas a humanidade insiste em gastá-los sem se preocupar com o futuro, o que nos leva a uma situação cada vez mais assustadora, algumas instituições como a ONU estimam que até o ano de 2050 a água doce do mundo será majoritariamente contaminada ou indisponível para o consumo humano, o que desencadeará uma grande crise não só hídrica, mas também humanitária em todo o globo, que por conta da desigualdade social será intensificada ao máximo.
Portanto é preciso tomar ações que combatam esse consumo sem limites, ou que ao menos reaproveite aquilo que já foi produzido. Simples ações como descartar celulares, baterias e fones de ouvido em centros especializados são ótimas formas de colaborar para a manutenção da vida neste planeta, desperdiçar o mínimo de comida possível, sempre utilizando todas as partes de legumes e hortaliças para fazer caldos ou sopas, o que além de nutritivo, é benéfico para o individuo e para o meio ambiente. Colaborar com a coleta seletiva, jogando lixos específicos nos locais pré-determinados, e nunca os arremessando na rua para que assim não impeçam que a água escoa pelos bueiros. Essas são (algumas) formas de frear os impactos que são causados no planeta por conta do consumismo, agir com consciência, amenizar as consequências que virão no futuro, e garantir que os recursos que existem hoje para nós, vão existir no futuro para os nossos filhos e netos.