*REDAÇÃO FEITA NO WORD, ENTÃO AQUI FICA MAIOR, MAS SÃO APENAS 30 LINHAS"

Dois lados de um privilégio

Na antiguidade, idosos eram vistos como anciões, seres sábios, que deveriam ser ouvidos e respeitados pelas gerações mais novas. Com o evoluir da sociedade e a revolução técnico científico informacional, esse pensamento foi se modificando e o respeito para com os mais velhos diminuindo, assim como o papel dos idosos que fora reestabelecido na sociedade brasileira em um âmbito geral. Entretanto, está mudança na sociedade traz à tona um assunto delicado, o qual deve ser debatido, a violência contra os idosos no Brasil. O Estatuto do Idoso, já não é mais eficaz no combate a esse tipo de agressão. Contudo, como amenizar este problema epidêmico da comunidade brasileira?

De acordo com dados do Governo Federal, no ano de 2019, cerca de 30% das denúncias do “Disque 100” foram relacionadas a agressão ao idoso e em 83% destes casos os crimes foram cometidos por parentes. Para muitas famílias no Brasil, idosos são encarados apenas como fontes de renda, por conta de suas aposentadorias e a estabilidade que esse dinheiro causa; possibilitando certos privilégios, como a compra de medicamentos e artigos do gênero. O dinheiro, agrava a situação. Podendo levar a agressões mais severas, para consegui-lo a qualquer custo. Mesmo que de maneira desumana.

Outra pauta que não pode ser ignorada, é o fato de que as agressões não são apenas físicas, elas podem ser: patrimonial, quando a família usa o dinheiro do idoso sem seu consentimento e a pessoa acaba se tornando dependente de seus “cuidadores”; psicológica, na qual, a pessoa de idade é constantemente ameaçada por seus familiares, sejam elas ameaças de agressões físicas ou abandono do idoso em casas de repouso. A informação, a respeito de agressões, facilita a sua identificação, por parte da população.

Em virtude dos dados anteriormente apresentados, medidas deverão ser tomadas para que a situação seja amenizada. Ainda que as denúncias sejam realizadas ao “Disque 100”, elas não são suficientes e efetivas. Uma parceria entre os governos estaduais e ONGs, poderá ser realizada, com o objetivo de propagar informações a respeito do assunto, além de cartilhas que poderão ser distribuídas a população, com todas as informações necessárias, desde o canal de denúncias, até como a comunidade pode ajudar, através da identificação dos maus tratos e como suas ações são fundamentais para a sociedade brasileira e ao combate a esta brutalidade, para com os idosos. Outra medida, que pode ser fundamental, é o destinação de uma verba maior por parte do Governo Federal, aos canais de denúncia e as Secretárias de Segurança Estaduais, para que a rede de apoio se torne mais eficaz e fiscalização se torne periódica após a denúncia, sendo realizada a cada 15 dias para a verificação da segurança e saúde do idoso. Assim como a retirada do idoso do “lar”, a partir de medidas judiciais (apresentadas pelos aparelhos de justiça estadual) em casos extremos, além do bloqueio das contas bancárias, cortando o acesso da família.