É de conhecimento público que a cidadania é um pilar do estado democrático de direito. Entretanto, no Brasil há uma oposição a esse pilar, já que muitas pessoas não têm acesso ao registro civil, sendo, assim invisibilizadas. Isso ocorre por diversos fatores, como o silenciamento dessas vítimas e a negligência governamental.
Primeiramente, é justo salientar que conforme o pensamento de Jurgen Habermas, de que " A linguagem é a verdadeira forma de ação.", essas pessoas poderiam agir com a linguagem, por meio de protestos, em busca de suas cidadania Entretanto, essas pessoas vivem a vulnerabilidade social e residem em áreas periféricas, onde a educação libertadora é os "holofotes" da mídia muitas vezes não chegam, acarretando, assim, no silenciamento das demais.
No entanto, vale destacar que o silenciamento não é o único responsável, sendo a negligência governamental também uma grande contribuinte para a continuidade desse óbice. Sendo assim, tendo em vista que, segundo John Locke, o contrato social diz que é responsabilidade do estado agir para garantir os direitos básicos aos cidadãos e, que o poder público brasileiro demonstrou-se inerte à questão, já que não há o mapeamento dessas pessoas para as dar suporte, é silogístico que o governo tem rompido com o contrato social.
Portanto, é dever da imprensa fazer matérias jornalísticas sobre a situação que essas vítimas se encontram. Além disso, é papel do governo criar projetos que, através do mapeamento delas, consigam localizá-las para as dar o suporte necessário. Dessa forma, gradualmente a cidadania dessas pessoas seria conquistada, fortalecendo esse pilar da democracia.