O artigo 5°, da Constituição Federal de 1989, defende o direito pleno de qualquer cidadão. No entanto, percebe-se uma falha na garantia desse direito na questão da intolerância religiosa no Brasil, o que, além de grave, torna-se um problema inconstitucional. Dessa forma, em razão do silenciamento e de uma base educacional lacunar, emerge um problema complexo, que precisa ser revestido.

A princípio, a falta de debate caracteriza-se como um complexo dificultador. Segundo Foucault, na sociedade pós-moderna, muitos temas são silenciados para as estruturas de poder sejam mantidas. Diante disso, verifica-se uma lacuna em torno dos debates sobre possíveis caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil, o que contribui com o aumento da falta de conhecimento da população sobre a questão, tornando sua resolução mais dificultada.

Outro ponto relevante, nessa temática, é a vacuidade na educação. Para Kant, o ser humano é resultado da educação que teve. Sob essa lógica, se há um problema social, há como base uma lacuna educacional. No que tange à intolerância religiosa no país, verifica-se uma forte influência dessa causa, uma vez que a escola não cumpre seu papel no sentido de reverter e prevenir o problema, visto que não traz às salas de aula conteúdos úteis para a resolução da questão.

Portanto, é preciso que as escolas, em parceria com a prefeitura, promovam um espaço para rodas de conversa e debate sobre a questão no ambiente escolar, por meio de palestras ministradas por professores. Tais eventos que podem ocorrer no período do contraturno, contando com a presença de especialistas no assunto e pessoas que já sofreram intolerância religiosa. Além disso, tais eventos devem ser abertos à comunidade, de modo que mais pessoas compreendam a importância de debater sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.

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