O aumento da evasão escolar durante a pandemia-19, o atraso nos conteúdos, a violência em geral na sociedade, o aumento do desemprego e a volta da fome ao patamar dos anos 1990 são alguns dos fatores que impactam também no aumento das tensões em sala de aula de acordo com especialistas. "A escola nada mais é que o reflexo de uma sociedade que apresenta problemas agudos. O aumento da fome é claro que nós sabemos que essa fome atinge no processo educativo e atinge também no processo de violência, não só escolar.[...] Fortalecer o papel social da escola neste momento é criar vínculos" - apontou o presidente da CE, numa audiência pública.
Nota-se que a negligência governamental é imensa causando falha no sistema educacional, de saúde e pouquíssimas oportunidades de estudo e emprego para a maioria da população. O sistema educacional por sua vez é falho e pobre, as escolas precisam oferecer condições mínimas para receber as crianças de forma adequada. Porém, suas equipe são mal preparadas, o ambiente não é adequado e até o posicionamento geográfico da região da escola muitas vezes não é adequado e tudo isso pode influenciar. O acessor especial do secretário de educação ressaltou a necessidade de garantir uma atenção especial à saúde mental dos profissionais de educação responsáveis pela educação dos jovens, porém nada foi citado sobre a saúde mental dos jovens.
Acolher os estudantes, buscar a aproximação com as famílias e qualificar os profissionais da educação são algumas das ações necessárias para enfrentar o problema da violência no ambiente escolar. Escola, família e sociedade precisam trabalhar de forma integrada para que consigamos implementar ações que atendam às necessidades dos estudantes. O diálogo e acolhimento entre os alunos, pais, professores e a gestão da escola, o incentivo aos estudantes em desenvolver habilidades como a criatividade, o pensamento crítico e a resolução de problemas, bem como a promoção de atividades culturais e esportivas são ações válidas no combate à violência nas escolas.
Portanto, faz se imprescindível um maior envolvimento familiar na vida dos discentes em todas as fases de seu desenvolvimento, bem como o preparo da gestão pedagógica e do corpo docente, assim como medidas de inclusão de especialistas psicológicos nas escolas a fim de erradicar essa realidade cruel e corriqueira de muitas escolas de diversos estados e municípios. É preciso muito mais esforços unidos que uma só tentativa de melhoria, falar de direitos é fácil, porém é deveras importante dialogar sobre os deveres em todo ambiente social e familiar juntamente com as escolas com o intuito de transformar essa realidade negativa em positiva e se obter um convívio mais pacífico no ambiente estudantil.