De acordo com Fabiano de Abreu, a intolerância religiosa é o resultado da limitação de conhecimento. Neste cenário, surge a problemática do preconceito religioso inserido na sociedade brasileira desde a colonização do país no período entre os séculos XVI e XIX, havendo uma catequização obrigatória apresentada por jesuítas para povos originários que habitavam o Brasil antes da dominação portuguesa, possuindo assim uma não liberdade religiosa para indígenas e afro-brasileiros também discriminados por sua cultura e crença.
Nesse contexto, é importante salientar que, a execução de leis falha constantemente na parte administrativa. Ao rememorar a obra "O cidadão de papel" de Gilberto Dimenstein, confirmamos isso, pois aborda a ideia de que tais normas presentes em leis constitucionais nem sempre são cumpridas. Apesar de a Constituição Federal de 1988 garantir o direito da liberdade de crença e consciência, observa-se que, na sociedade atual isso não é respeitado e colocado em prática, uma vez em que os cidadãos não possuem empatia e uma rede de informação para combater este empecilho.
É válido discorrer, outrossim, a maldade humana como um segundo fator que impede certos caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil, pois é algo que possui ligação direta com o passado através de antigos pensamentos com mitos e alusões distorcidas sob religiões contrárias ao catolicismo. Tendo o contexto de época apresentado, se encaixa o pensamento do cientista renomado Albert Einstein onde diz que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado.
Diante do exposto, nota-se que o problema é motivado pela desinformação social e pela negligência do governo. Portanto, faz-se necessário o posicionamento do estado, principal fonte de tomada de decisões do país, a fim de criar leis que realmente beneficiem esta problemática, possuindo o aumento de penalidade para quem cometer tal ato e inserir em instituições educacionais o meio de ensino voltado para assuntos da diversidade religiosa do Brasil, para que a geração futura seja composta de conhecimento e não haja violência e preconceito diante a crenças alheias, deste modo, o filósofo Fabiano de Abreu se orgulharia perante a situação.