Em busca de ampliar e recuperar os adeptos ao cristianismo, no Brasil Colônia era visto uma vasta intolerância religiosa com os nativos das terras da Colônia Portuguesa - com as Missões Jesuíticas disseminando ensinamentos da Igreja Católica, catequisando e apagando a identidade e crenças Indígenas nos séculos de exploração europeia na América. É visto, ainda, nos dias atuais, essa marca histórica não apenas nos povos nativos, mas em toda a sociedade brasileira que difere de um pensamento religioso, mesmo o país sendo laico. Por isso, é preciso assegurar caminhos para combater práticas intolerantes - seja física, seja moral/verbal -, na escola ou no trabalho, para evitar que a história se repita ou crenças sejam apagadas.

Nesse aspecto, é perceptível essa intolerância começando já dentro de casa, onde os filhos não podem seguir outra religião fora a da família ou mesmo, essas já serem impostas para as crianças desde cedo, como o batismo, por exemplo. Já na escola, mesmo o Estado sendo laico, possui a presença de disciplina de Ensino Religioso, mas esse ensino não atribui ou explica a diversidade de religiões ou não religiões no Brasil, muito menos enfatiza o respeito por essas.

Ademais, no âmbito laboral, a discriminação religiosa continua. Como exemplo, citado em alguns episódios da série médica norte-americana Greys Anatomy, a qual expõe médicos de diferentes raças e crenças no hospital, com pacientes negligenciando o trabalho dos funcionários por esses não acreditarem no mesmo deus ou entidade divina que eles, negando serem atendidos. Nesse aspecto, a violência verbal ou física -trazendo para o Brasil - é motivo de muita preocupação, mesmo sendo crime no Código Penal e possuindo inúmeras denúncias, ainda é perceptível as raízes da época colonial.

Com base no que foi exporto acima, para buscar caminhos de combate à intolerância sobre as religiões praticadas no Brasil é, portanto, de cunho estatal intervir com práticas de conscientização. Juntamente, atuar com o Mistério da Educação e mídias acessíveis à população brasileira, para promover nas escolas e na comunidade geral, respectivamente, a disseminação da diversidade religiosa no país, quebrando mitos e ampliando conhecimentos sobre diversas crenças. Com isso, apelar não apenas para as leis, mas também para a conscientização da população desde cedo sobre diversidade e respeito às religiões, diminuindo assim, a violência do povo intolerante sobre a fé - ou não fé - de outro povo.