Segundo o Art. 16 da Constituição de 1824 a religião Católica Apostólica Romana é a religião do Estado, e a única mantida por ele, e só a ela compete o culto externo fora das igrejas. Sob esse viés, percebe-se que o Brasil se identificou muito com o catolicismo, entretanto, atualmente, em um país miscigenado, a população, depois de alguns anos, é livre para escolher a própria religião. Logo, mesmo o Estado se declarar um país laico, os caminhos para combater a intolerância religiosa são cheios de dificuldades, já que, o preconceito e o fanatismo religioso estão presentes em uma sociedade tão evoluída.
Primordialmente, são inúmeras as pessoas que sofrem preconceito por crença, sendo esta ação considerada uma violação de um dos direitos humanos, que é a liberdade religiosa, uma vez que, no Brasil, um país tão democrático, ainda tem ajustes a serem feitos. Dessa maneira, comumente as maiores vítimas são os indivíduos de matrizes africanas, visto que, além de sofrerem racismo, são julgadas por sua exuberante cultura. Por conseguinte, essas ações ocorrem devido à discriminação de raça, mesmo que essa venha sendo combatida desde o Brasil Colônia. Contudo, ainda é um desafio para ser resolvido nessa sociedade de livre-arbítrio.
Outrossim, a ignorância pelas demais religiões está presente no meio social brasileiro, pois, salienta-se que segundo dados fornecidos pelo G1, foi registrado no país no período de janeiro a junho, cerca de 545 queixas de desrespeito a religiões, em 2022. Desse modo, em ajuda a essas vítimas, o disque 100, uma forma de denúncia, não é reconhecida e pouco divulgada. Por conseguinte, o fanatismo religioso está na sociedade, e muitas vezes, em silêncio, desse modo, muitos acreditam que apenas a sua religião é a certa, desprezando, assim, as demais crenças. Sendo assim, estão violando um dos direitos humanos, que é a liberdade religiosa em um país, o qual é considera tão democrático.
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para combater os inúmeros acontecimentos desrespeitosos às religiões. Assim sendo, cabe ao Governo Estadual em conjunto com o Ministério da Educação-o qual define as políticas e as diretrizes educacionais-ensinar no ambiente escolar, já que, é nas escolas que grandes partes dos valores são aprendidos, a importância das diferentes crenças, por meio das matérias, relativamente, Projeto de Vida e Ensino Religioso, bem como divulgar nas palestras escolares o disque 100. Dessa forma, essas ações tem como fito diminuir a intolerância religiosa no Brasil desde a infância. Só assim, o Brasil será um lugar de livre expressão e longe da intolerância racial e religiosa, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos.