Esse caráter dominante do cristianismo ocorreu por causa da colonização realizada pelos portugueses. A colonização europeia tinha como um dos principais objetivos a conversão religiosa, classificando assim outras formas de culto como selvagens. O período escravista impactou de forma negativa a convivência de religiões de matriz-africana e indígenas em um país, cuja religião oficial, por muito tempo, foi a católica.
A intolerância religiosa é uma construção histórica, muitas vezes se confundindo com o racismo. A restrição de culto ofende diretamente vivencia de povos minoritários e o direito da liberdade de expressão.
O escritor Jorge Amado, quando era deputado, foi autor de um projeto de lei importante, no qual protegia as religiões de matriz-africanas do cerceamento ao culto. A partir daí, desencadeou várias iniciativas dos poderes no intuito de proteger a harmonia religiosa no Brasil.
Em decorrência do racismo estrutural, amplamente divulgado pelo jurista Silvio Almeida, a discriminação não se sustenta somente na cor da pele, abrangendo assim, outras formas de preconceito, como cultura e religião. No Brasil, há um processo de apagamento de religiões que não sejam de fé cristã. Diferente de países que restringem a fé alheia diretamente, aqui a intolerância ocorre de maneira mais sutil. Desde reafirmar a sua fé individual como absoluta, até tratar com escárnio pensamentos religiosos.
Certa vez, um pastor da igreja universal chutou uma imagem da santa Maria em TV nacional. Esse acontecimento certamente indignou a muitos, porém, o que esperar de um país que tem como ditado popular uma frase como chuta que macumba?
Dito isso, a intolerância precisa ser combatida em todas as suas instâncias. Precisamos fortalecer as leis em favor da liberdade de culto, e se for necessário, até propor novas propostas para esse fim. O preconceito é estrutural e uma das formas mais eficazes de combate-lo é por meio da educação. É necessário incluir no currículo escolar o estudo das mais diversas religiões, pois um dos instrumentos que agrava a discriminação é o desconhecimento.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada